A Single Kiss ano X:
The Chestnut Tree Café
"Under the spreading chestnut tree, I sold you and you sold me"
-- George Orwell - "1984"

Após anos sob interdição, o Chestnut Tree Café agora se dedica a registrar as Crônicas de um Escravo de Colarinho Branco.

Música:
R.E.M.
Sisters of Mercy
Echo & the Bunnymen
Bauhaus
Kraftwerk
Nitzer Ebb
Leonard Cohen

Mas um dia foram:
Metallica
Iron Maiden
Ramones
Motörhead
Rage Against the Machine
Suicidal Tendencies

Filmes:
Big Fish
Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Bicentennial Man
The Wall
Fight Club
Before Sunset

Escritores:
F. Dostoievski
J.R.R. Tolkien
Leonard Cohen
F. Nietzsche
W. Reich
Alan Moore
Frank Miller

Lendo no momento:
F. Dostoievski - Um Jogador

Posts de destaque:
Inauguração
MTV
A palavra
Adaptações para Star Wars
Santos-tolos I, II, III, IV
A Paixão de Cristo I, II
Nacionalistas
O Medo
Nossa geração
Patterns
A censura
Joseph Welsh e Michael Moore
Dostoievski I, II, III
The Young Ideas

The Inner Party:
Após vários julgamentos públicos, há escassez de membros a indicar

Aprovados pelo MiniTrue:

Virtual Bookstore - Brasil
International Movie Database
H.R. Giger Official Website
Video "Killing Time at Home"
Absurd - Design Anihilation
Sinfest
Albino Black Sheep
Something Awful
Anel Um PBM

Quem controla o passado controla o futuro:




Content copyright protected by Copyscape website plagiarism search

quinta-feira, maio 27, 2004

 

Com alguns desses meus posts mais elaborados acontece uma coisa estranha: em geral eles surgem como "resposta" a alguma coisa que eu tenha visto/ouvido e que tenha me incomodado, daí eu venho aqui no meu Muro das Ruminações argumentar o assunto à minha satisfação. Só que em alguns casos essa transição não se dá de imediato: às vezes eu passo o dia elaborando mentalmente o desenrolar do texto, repassando e revisando a organização a ponto de tê-lo quase pronto na cabeça, faltando apenas ser transcrito, e enquanto ele não for ele permanece incomodando como algo pendente. Acontece então que, quando eu finalmente posso parar para escrever, eu estou cansado dele, após ter "lido" seus argumentos durante o dia todo!

Nesses casos, ocorre uma de duas possibilidades: ou eu escrevo de uma vez pra resolver logo, mas aí ele sai com a falta de fluidez e tom desajeitado que adquirimos, por exemplo, quando repetimos muitas vezes seguidas uma palavra até ela perder o significado; ou eu deixo para depois, pra dar uma refrescada, e via de regra só o retomo meses depois, quando mesmo que eu ainda mantenha a opinião que vou expressar, a rigor o pensamento que originou a idéia não está mais presente, resultando na mesma falta de fluidez e tom desajeitado.

Com esse post anterior sobre o medo rolou esse segundo caso, essa argumentação se consolidou de fragmentos e lampejos soltos após eu ter lido em um blog diarinho desses um belo discurso sobre como a pessoa estava se empenhando em superar seus medos para vencer todas as barreiras, para o alto e avante, blábláblá. Deixei pra lá e só fui ter disposição de retomá-lo ontem, meses depois.

Mas nesse caso pelo menos a falta de fluidez foi compensada pela sincronicidade, já que ontem eu consegui, com um atraso de apenas uns 2 ou 3 anos, marcar a consulta de meu primeiro paciente. Sem maiores pormenores nem exposições pessoais, mas achei que valia a pena comentar a confluência de fatos, além de apontar a maneira literal e concreta com que os versos citados de "Spirits" se aplicam. Logo mais nós veremos ("nós" eu e minha equipe de supervisão, não eu e meus leitores) se em mais essa vez o "medo dará asas à coragem" -- pois "cheio de borboletas" (expressão idiomática para o "frio na barriga") eu estou, como todo estagiário de psicologia na iminência de sua primeira consulta, em concordância com a estrofe completa:

"I fill you up with butterflies
Crown the heads of kings
Be glad of first time nerves
For fear gives courage wings"


Aproveitando, caso eu convença alguém a buscar essa música, atentem ao fato de que existem duas versões, bem diferentes em ritmo, arranjos e clima. Certifiquem-se de buscar a versão original, do disco "The Sky's Gone Out", mais visceral e mambembe, e não a versão single, mais conhecida por constar na coletânea deles, que perde a altivez da original em troca de um ritmo pop mais redondo e padrão.

* * *

Falando então de terapia, vamos quebrar o clima de solenidade que esse post corre o risco de tomar com uma música totalmente inapropriada, mas perversamente aplicável, "Therapy" do Infectious Grooves:

"Therapy! Therapy!
Lost sight - I think I'm getting out of my range
Colors flash - now things are starting to get strange
Start it up - and you say you wanna get in on me
I need, I need, I need my --
Therapy - now just relax we'll put your mind at ease
Therapy - but first you've got to say "pretty please"

Therapy! Therapy!
Fire it up - put a little gas on the brain
All aboard - a ride on the newest thang
Chew chew - look out it's a runaway train
Pure pain, no gain, insane it's --
Therapy - and right before they dig into my mind
Therapy - the Dr. screams "let's got it's party time"

Therapy! Therapy!
Left, right, left, right - like every heartbeat needs a motion
Left, right, left, right - like every wave needs a sea
Left, right, left, right - like every teardrop needs an eyeball
Left, right, left, right - you've got to name your therapy
Therapy! Therapy! Therapy!

Snap pop - a sweet emotion just broke loose
Don't care - it ain't nothing I can use
Ha! Ha! - ain't it funny how we all abuse
You choose, abuse, you lose now --
Therapy - you know we want to help we really care
Therapy - but when your money's gone you're out of here!"


posted by Manhaes at 12:08 AM
0 grito(s) contra o Grande Irmão



Counter